“Eu sou filha da Igreja. Em tudo me sujeito
ao que professa
a Santa Igreja
Católica Romana,
em cuja fé vivo,
afirmo viver e prometo viver e morrer”.
Santa Teresa de Ávila
25 de fevereiro de 2012
Quaresma: um apelo à liberdade
Entramos em um tempo lindo. Tempo de deixar a pressa do cotidiano de lado, dar espaço ao silêncio e a reflexão. Podemos afirmar que a Quaresma é um apelo à liberdade. Os jovens que gostam tanto de falar em liberdade, deveriam viver intensamente este tempo que a Igreja no oferece, pois viver bem a quaresma significa viver a liberdade. Sabemos que a liberdade não é algo que vem de fora para dentro, pelo contrário, vem de dentro para fora, isto é, liberdade interior, é ela que rege nosso modo de viver e pensar; agir e falar.
Liberdade não significa fazer tudo que queremos. A primeira carta aos Coríntios 6, 12 nos indica que “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma”. Neste trecho aparece uma palavra muito interessante, “dominar” derivada do latim dominare que quer dizer ‘ser senhor, mandar’. Ora, se faço tudo que quero, sem critério algum, sou escravo. Nisso não há liberdade, embora tudo me seja permitido. Como posso ser senhor do meu atos se sedo à tentação toda hora? Ou eu sou senhor do meu temperamento, ou ele se faz senhor sobre mim, do mesmo modo na minha sexualidade, na língua, na afetividade, nas emoções, etc. E escravo não tem vontade, é mandado pelo seu senhor. O CIC no inciso 1731 nos ensina que “A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto, de praticar atos deliberados.” Neste tempo quaresmal somos chamados a ter lucidez sobre a nossa vontade e querer.
Começamos a dominar o corpo, até as áreas mais íntimas e difíceis de controlar, através da boca, ou seja, do jejum e abstinência. Isso sim é poder baseado na razão. Porém, nada poderemos empreender em nossa vida espiritual, em busca da santidade, sem a graça de Deus, tudo provém dela. São Paulo mesmo nos diz: “Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus.” (cf. Efésios 2,8). Em seus propósitos, então não diga “nem vou começar, pois sou fraco e não vou conseguir”, pois agora você sabe que é ‘puro dom de Deus’. Por nós mesmos não conseguiremos, no entanto, temos confiança em Deus, pois “para Deus nada é impossível.” (cf. Lucas 1,37).
Rodrigo Stankevicz
Graça e Paz, xP.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário