São Francisco de Assis, não só de
Assis, mas do mundo inteiro, foi homem da alma mais nobre deste Jesus Cristo,
inspira pessoas de todos os continentes com sua humildade e jeito simples que
viveu. Foi e continua sendo um protestante de mão cheia, seu maior instrumento
de protesto não foi nenhuma tese, foi a própria vida...
O mundo tem saudades do
Chiquinho, mas tem saudades quem quer, pois a melhor forma de lembrar alguém
que amamos ou que nos inspira é justamente fazendo o que de melhor essa pessoa
fazia. E quanta coisa boa Francisco fazia, sua vida era um ato de amor e de
ternura para com a humanidade, amava a vida, os animais, as plantas, toda a Criação
para ele era uma grande dádiva de Deus. Ele sabia reconhecer a beleza da Criação
na simplicidade do cotidiano. Em seu célebre Cântico das criaturas elevava a Criação
em seu apogeu, dizia: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas
[...] Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa, produz frutos diversos, flores e ervas.”
Sua vida era louvar ao Criador, imitar o
Redentor e deixar-se conduzir pelo Santificador. Quanta beleza esse anjo com
roupagem humana deixou na história deste mundo.
Ele conseguiu alcançar um grau “elevadíssissississimo”
– como dizia Chaves – de santidade porque colocou sua vida na perspectiva de
Cristo, também na perspectiva da grandeza de Deus. Considerava-se, o pobre de
Assis, como um verme perante a grandiosidade do Senhor. Deus quis confundir o
mundo dos doutos, dos artistas, dos letrados, dos talentosos, com o que era vil
e insignificante. Deus que faz todas as suas obras com perfeição, caprichou em
sua a vida. Não porque Francisco era especial, mas porque ele deixou Deus agir livremente
em seu viver, sem reservas se lançou nos braços do Pai, como uma criancinha
confiante.
O mundo contemporâneo necessita de
homens como Francisco, cuja vida instigue o desprendimento, a humildade, a
simplicidade, a mudança de vida, o amor ao próximo, etc. Que amem os pobres e lutem
por justiça e por um mundo melhor. Que reencontrem o caminho do belo para se
chagar a Deus, e amem a Criação e dela cuidem. Francisco ensinou-nos que a verdadeira
alegria não está em proporcionar prazer ao corpo ou amar as sensações, mas
gritou com a própria vida que a verdadeira alegria está em ser livre de
espírito, em alguns casos até mortificar o corpo para dar voz à alma.
Num tempo em que a riqueza tomava
conta do pensamento de muitos filhos da Igreja, Francisco mostrou que o
protesto mais eficaz não era rebelar-se contra a Igreja, pregando teses na porta
de templos, mas o protesto mais valioso e sincero era viver a radicalidade do
Evangelho. São Francisco foi um protestante nato de sua época, porém com um
diferencial colossal, não foi herege. Pelo contrário, permaneceu firme na
doutrina da Igreja de Cristo, amou-a até o fim e hoje é aclamado por ela, a
ponto de inspirar um Papa a ter seu nome e estilo de vida em seu pontificado.
São Francisco de nós todos se
colocou como instrumento nas mãos de Deus, ele queria ser a ALEGRIA onde
reinava a tristeza. Queria ser PAZ onde o sentimento de guerra imperava, queria
ser ESPERANÇA no desespero dos mais pequeninos, ele foi o AMOR que matou o
ódio. Eis aí algumas definições de um homem indefinível, de um homem que provou
para todos nós que é possível viver o Evangelho no sentido mais integral, mais
coerente, mais nobre de que se pode viver.
Paz e Bem!
Rodrigo Stankevicz
Nenhum comentário:
Postar um comentário