2 de junho de 2012

O zelo da tua casa me devora


O ZELO DA TUA CASA ME DEVORA: 
CONTRA A MARCHA OCORRIDA NO DIA 26 DE MAIO


       Há uma semana, dia 26 de maio, aconteceu no Rio de Janeiro a “Marcha das Vadias”. Muito se comentou sobre o assunto e pouco se expôs sobre uma parte muito importante da verdade ocorrida no atentado contra a nossa Igreja.
       Às 16h, um grupo de 300 mulheres invadiu a Missa das Crianças da Igreja Nossa Senhora de Copacabana, durante a Homilia. Uma dessas manifestantes estava seminua e gritava palavrões na frente dos fiéis, sendo necessário ao Padre celebrante chamar a polícia e esconder as crianças na sacristia para que não presenciassem mais aquela cena. Os pais foram tentar  impedir a entrada das manifestantes no templo, para que este não fosse destruído, pois na fúria das “vadias” havia energia e pedras de sobra para tal feito. A polícia, para conseguir dominá-las, precisou utilizar spray de pimenta.

       Um movimento que se esconde sobre a máscara – pois há muita sujeira debaixo dos panos - de ser “contra a violência à mulher” invade uma Igreja? Perturba a Missa das Crianças gritando palavrões em alto e bom som? Viola a Constituição Federal, num ato criminoso previsto no art. 5, inciso VI? Que movimento é este?

      As crianças, que participaram da Missa e que deveriam estar hoje, às 16h, na Igreja, estão traumatizadas. São pequeninos que não entendem porque, do nada, surgem pessoas e profanam o lugar sagrado em que você se encontra. Anjinhos que se envolvem em coroações a Nossa Senhora, que estão iniciando a sua caminhada nas catequeses. Alguém pensou neles? Um movimento tem este direito?

      Tudo o que foi falado sobre esta marcha (que acontecia simultaneamente em outros estados), além do feminismo e da cristofobia evidentes e da invasão (a pior parte), abre uma grande brecha para que estas mulheres sejam punidas judicialmente. Mas, infelizmente, esta parte não cabe a nós. Podemos e devemos denunciar e fazer a nossa parte, mas precisamos entender que “não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares”. (Ef 6,12)

       Realizar isto nos permite entrar em combate espiritual, que move o coração do Senhor e permite que muito seja alcançado e modificado. A Igreja é Mãe, e, como filhos e combatentes, é nosso dever olhar para “as cananeias sem fé” que aparecem por aí. Com um pouquinho de fé, estas mulheres podem voltar à casa do Pai e lutar ao nosso lado, quem sabe?

       Esta marcha foi um ato profano, intolerante e contra todo o respeito ao sagrado, mas a Igreja sente por essas mulheres um profundo amor e compaixão e as convida a se reconciliar com a sua alma feminina, voltar para o projeto de Deus em suas vidas e sair desta atitude de revolta que não somente as destrói, mas as nossas famílias também. 

       Fica o convite, mas também o alerta, de que não vamos parar de lutar e defender a casa de Nosso Pai: É que o zelo de vossa casa me consumiu, e os insultos dos que vos ultrajam caíram sobre mim.” Sl 68, 10 (Cf Jo 2, 17)


Autora: Alexandra Gurgel
Jornalista em formação pela PUC - Rio

Email: alexandragurgel@gmail.com
Twitter: @Alexandragurgel
Facebook: /alexandragurgel



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7 comentários:

Bruno Linhares disse...

Feministas não gostam de crianças. As que não conseguem matar, elas atormentam.

Thiago Lopomo disse...

Penso, que é claro, devemos orar por estas pessoas. Essas mulheres são expressão de um mundo que cada dia mais afasta-se de Deus, mas penso também que devem sim serem responsabilizadas e punidas pelo ato que cometeram. Um assassino por exemplo, é sem dúvida alvo da misericórdia de Deus, e oração da Igreja por ele para que possa se abrir a esta misericórdia é não só importante como necessária, mas nem por isso devem deixar de ser responsabilizados segundo a lei vigente na sociedade em que vivem. A justa correção é o maior favor que se pode fazer a uma alma que já não tem consciência moral de seus atos. E penso que a tolerância diante do intolerável não pode ser justificada sob o nome de misericórdia, muito menos a omissão de um cristão justificada pela consciência de que nossa luta não é contra homens, mas contra as forças espirituais do mal. É exatamente por ter a consciência da atuação dessas forças e por enxergar a gravidade da situação em que nos encontramos que devemos redobrar a oração, mas também impedir que os planos dessa força maligna sejam legitimados por meios humanos na sociedade em que vivemos.

A reação fraca por parte dos membros da Igreja revela ou um estado de inconsciência, ou o que é pior, um estado de pulsilanimidade. Sem dúvida em primeiro lugar precisamos de mais oração, porque essa fraqueza não pode ser fruto dela. Havendo mais oração haverá mais coragem e fortaleza. E havendo mais coragem e fortaleza, poderemos resistir ao mal, e pela graça de Deus, sem o qual nada podemos, ser valentes também para defender o país em que vivemos. Que o Imaculado Coração de Maria triunfe nesta terra de Santa Cruz.

Padre Nivaldo Junior disse...

Parabéns, Alexandra, pela coerência e equilíbrio nas palavras tão acertadas e parabéns, Rodrigo, por transcrevê-las por aqui para nós, brindando nossas consciências com estas reflexões... Deus abençoe!!

Intelectum disse...

"O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons".Martin Luther King
Lamentável é sempre continuarmos com o discurso misericordioso e não nos envolvermos ativamente em assuntos que ferem e tem a intenção direta de acabar não com uma determinada religião, mas com o cristianismo. Devemos debater em praças públicas, na política,nas universidades. Nesta última, sabemos muito bem o quanto de comunistas influenciam jovens que não tem embasamento político nenhum. Mas o que faz com que eles se encham de coragem para gritar nas universidades e para profanar templos? Será que eles encontraram uma verdade que nós não encontramos? A coragem que estes movimentos possuem são adquiridas, não por uma convicção, mas pelo nosso silêncio.

Rodrigo (Filho da Igreja) disse...

Padre Nivaldo, Luiz, Thiago e Bruno, obrigado pelos comentários construtivos e cheios da verdade que soa em nossos corações. Estamos em busca de dias melhores para o cristianismo, sobretudo para nós católicos. Já passou da hora de mostramos nossos rostos, proclamar a única verdade que liberta, a verdade que os homens pós-modernos estão sedentos. Todas essas anomalias que diariamente vermos nos noticiários denota uma sede e um vazio profundo que o mundo tem, mas como saciar a sede do mundo se nos calamos? "Se calarmos as pedras clamarão." (Lucas 19:40). Se acreditamos nesta verdade de Jesus Cristo precisamos ser os primeiros a morrer, se necessário for, por ela. O Papa B16 recentemente disse que a única força para transformar o mundo é o amor. Nós somos testemunhos que o Amor dividiu a história da humanidade em antes e depois. Quero dizer com isso, para não temermos as represálias dos maus, precisamos urgentemente correr atrás do tempos perdido, e nos manifestar de todos os modos, sem medo de proclamar que o remédio para o mundo é Jesus Cristo, Ele continua sendo, e sempre será. Luiz li no seu blog o primeiro post, parabéns pela iniciativa, se expresse, isso é um direito nosso, pelo menos por enquanto...

Ágape e Shalom!

Intelectum disse...

OI Rodrigo, quando lí seu comentário sobre o meu blog, senti a necessidade de atualizá-lo. Mesmo assim agradeço o comentário. Fique em paz!

Rodrigo disse...

Estamos na mesma caminhada Luiz. Sempre é bom exprimir nossa opinião para que fique registrado nossa posição pela vida e pelo bem comum.

Espero ver mais postagens no seu blog.

Abraços,

Rodrigo.