11 de julho de 2012

Aurora




Quando a aurora cumpre seu ofício de luz,
As orquídeas revigoram suas forças,
Outro sentido há no peso da cruz,
Até as zebras escapam às onças.

A cidade sorri observando a aurora,
Que lança flechas no horizonte.
A expressão hirta se aflora,
É luz, calor, alegria, é vida radiante.

A vida acorda do desmaio,
pouco a pouco, se esvai o silente frescor.
A orquestra noturna finda o ensaio,
Enfim, o dia canta um novo rumor.

Raios afugentam os desejos apaixonados,
As trevas desbotam o gris no semblante.
O clarão desvela rostos transfigurados,
E o rastro do tempo nos torna itinerante.

O espetáculo da aurora sugere vida,
Transborda em fachos de esperança,
Corações amam sem medida,
Em vigília pela eterna bonança.

Graça e Paz, xP.

Rodrigo Stankevicz

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