5 de outubro de 2012

Somos Igreja



          A Igreja desde seus primórdios traz em sua essência a preocupação com os mais necessitados, tanto dos bens materiais básicos, quanto dos bens espirituais. Percebemos esta preocupação dos primeiros cristãos lendo a carta de São Tiago: "Assim como o corpo sem a alma é morto, assim a fé sem obras é morta." (Tg 2, 26). Em nossos tempos, não há diferença alguma, até mesmo pelo fato da Igreja permanecer a mesma. Ela se aproxima, através de seus pastores e leigos, das pessoas carentes de forma caridosa e misericordiosa, com olhar solidário alcança os excluídos, os moribundos, os marginalizados pela sociedade.  
           Esta aproximação, sempre gratuita, leva conforto aos abatidos e acalento aos desesperançados. Há muitas pessoas que perderam tudo e, somente na mão acolhedora da Igreja encontram sentido para suas vidas e motivação para recomeçar. Prova disto, são as mais diversas instituições da Igreja, entre elas a "Cáritas", a "Pastoral da Criança", a "Ajuda a Igreja que sofre" mundialmente conhecidas, cuja a missão é assistir e promover campanhas como por exemplo: combate contra a fome, a desnutrição, a dependência química; além de campanhas que distribui agasalhos e roupas contra o frio; campanhas educacionais e visitas aos hospitais e presídios, etc. Podemos também colocar no rol destas instituições de caridade: hospitais, creches, educandários, clínicas para dependentes químicos, casas de ressocialização, casas de amparo ao menor, todas mantidas pela Igreja Católica e seus fiéis.    
         Além disso, vale lembrar ícones da caridade que estão em nosso imaginário, como por exemplo, São Francisco de Assis, São Vicente de Paula, Madre Teresa de Calcutá. Esta foi uma mulher honrosa que dispensa qualquer comentário, pois o mundo a conhece por seu papel desempenhado entre os mais pobres e excluídos. Até hoje sua congregação (Missionárias da Caridade) desenvolvem as mesmas ações de caridade deixada pelo Anjo de Calcutá no mundo todo.  
          Outra referência na caridade, com identidade brasileira, foi a Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, se tornou referência no Brasil e no exterior com seu método próprio de combate a desnutrição infantil, adotado posteriormente pelo Ministério da Saúde. Recebeu vários títulos nacionais e internacionais. Infelizmente seu trabalho somente ficou amplamente conhecido, na grande mídia, através de sua morte no Haiti, quando um terremoto assolou aquele país em 2010, e a deixou sob os escombros de uma igreja, enquanto cumpria sua missão.

Assim lemos um pouco de seu legado:

"Após 25 anos, a Pastoral acompanha mais de 1,9 milhões de gestantes e crianças menores seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios brasileiros. Seus mais de 260 mil voluntários levam fé e  vida, em forma de solidariedade e conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres." (Portal Pastoral da Criança).

          Como vimos é apresentado apenas algumas instituições e pessoas, - superficialmente - que marcaram a história da Igreja no aspecto da caridade, pouquíssimos em comparação a gama, que efetivamente trabalharam em favor dos necessitados.
       
         Todavia, o que foi exposto é sintético demais, dado a variedade de ações da Igreja nesta área. São ações caritativas e generosas, que se destacam tanto no meio rural, quanto no meio urbano e põem a Igreja Católica do Brasil numa posição privilegiada, no que diz respeito a confiança dos brasileiros. Isso é comprovado com a pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas, no primeiro trimestre de 2012.
Os dados revelam que a Igreja Católica ocupa a segunda posição no ranking de confiabilidade dos brasileiros nas instituições do Estado, com 56% das respostas, ficando atrás apenas das Forças Armadas com 73% das respostas. O cenário demonstra a credibilidade depositada na Igreja no Brasil, pois esta instituição que transcende o tempo, cumpre o mandato de Cristo, cuja a parábola do "Bom Samaritano" explicita bem esta missão: "Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o, teve compaixão dele. Chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse: Trata-o e quanto gastares de mais, na volta eu to pagarei." (São Lucas 10, 33-35).

         Deste modo, conseguimos perceber nitidamente, que o povo brasileiro é grato aos serviços prestados à sociedade por parte desta instituição religiosa. Outrossim, mantem-se informados sobre os investimentos destinados a Igreja, através de ofertas, dízimos e doações. Uma das grandes características da Igreja de Cristo é a transparência, não há nada o que esconder, pois tudo que é investido e doado há prestação de contas e relatórios, conferidos pelos próprios benfeitores. E é evidente, que o modo mais eficaz de prestar contas a população é a através da caridade e o envolvimento do povo em todas os tipos de obras de caridade, ou seja, o povo é testemunha ocular da aplicação dos recursos financeiros.

  Sendo assim, a Igreja Católica Apostólica Romana goza de um magna e bela história, são mais de dois mil anos assistindo e educando a humanidade de diversas formas, por meio da caridade, da cultura, da arte, dos conjuntos arquitetônicos, da literatura, da ciência, etc. Além do mais, o modelo universitário atual foi fundado pela Igreja, tanto criticada pela Ciência. Assim, se torna manifesto que a Igreja é quem mais educa pessoas no mundo, através colégios e universidades, formando cidadãos mais humanos e preparados para servir nos diversos âmbitos da sociedade.

         Não há outra instituição de caridade maior no planeta, isso com base no testemunho de homens e mulheres mártires, que doaram a vida, e outros o sangue para que este chamado se perpetuasse pelos milênios, até a consumação da História.  
         Embora, com todos esses comprovados serviços de amor e doação oferecidos a humanidade, por entre os séculos; atualmente, a Igreja sofre perseguição e difamação de meios de comunicação falaciosos e cenas de dramaturgia, apresentadas em horário nobre da TV brasileira, que ensinuam não ser digna de confiança, apontando falhas na distribuição dos recursos recebidos. Sem fundamento algum, põem em xeque, todo um trabalho, que durante séculos vem sendo consolidado e construído com base no Evangelho e na Pessoa de Jesus Cristo. Porém, a Igreja crê, que a mentira e a difamação não prevalecerão sobre a verdade, pois a verdade está inscrita nos corações de pessoas de bem. Acima de tudo, a confiança dos filhos da Igreja está exclusivamente em Deus. Sem dúvida o mesmo povo que colocou a Igreja Católica no segundo mais elevado nível de confiabilidade do Brasil, dará a resposta aos difamadores falaciosos de plantão. Deixemos os testemunhos falarem por si mesmos, como já afirmava Santo Agostinho: "As palavras convencem, os testemunhos arrastam."

Rodrigo Stankevicz

Graça e Paz, xP.

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