A humanidade está diante de mudanças radicais no que diz
respeito as relações humanas. No mundo contemporâneo uma das formas mais
utilizadas para relacionar-se são as redes sociais, cujo alcance se torna cada
vez maior, sobretudo, e não somente, entre os mais jovens, ou a chamada geração
Z. Nós jovens cristãos, de forma alguma, podemos ficar alheios a todo esse
processo que perpassa nossa sociedade, pelo contrário devemos estar atentos a
todas as mudanças e vislumbrar uma oportunidade de anunciar a pessoa de Jesus
Cristo, de forma integral e digna.
As redes sociais, com efeito, nos apresentam uma nova
maneira de se comunicar, talvez mais ágil e abrangente, visto que, conectados
nesta grande rede, somos os protagonistas da mensagem. Contudo, em vista a
todas essas transformações, é indispensável levar em consideração que a Boa
Nova de Jesus Cristo é inalterável e inalienável; ou seja, o que muda é o modo
com que se anuncia, e não o anunciado, em nosso caso, a pessoal de Jesus Cristo.
Assim, as redes sociais são este novo
meio de anúncio, e deve ser utilizado de modo que também o público online seja atingido por esta mensagem
libertadora, conforme afirma Bento XVI: “Se
a Boa-Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar
fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço
existencial”.
Mas como evangelizar
nas redes sociais? Nossa presença na rede deve ser acolhedora, aberta ao diálogo, ao debate fundamentado e ao
exercício do respeito mútuo. Este ambiente não deveria ser um espaço de combate
de ideologias, nos diferentes âmbitos culturais, principalmente, quando se
trata da verdade Evangélica. Pelo
contrário, a opinião e a cultura do outro nos é uma oportunidade de crescimento
e de troca continua das riquezas culturais baseadas sempre na verdade e na
beleza.
Aliado a esse contexto de diversidade cultural, mais do que
palavras e compartilhamentos, o testemunho e a coerência da vida
virtual com a realidade da vida, especialmente com o Evangelho, devem estar
atrelada uma a outra. Por outro lado, nossas
escolhas, critérios e atitudes devem apontar para uma conduta distinta de
qualquer expressão adversa a realidade vivida off-line. Neste sentido nos
adverte o Bento XVI: “Não deveria haver
falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso
testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela
física ou digital”.
Contudo, permaneçamos em permanente estado de vigilância, pois igualmente no ambiente virtual encontraremos a realidade do mal, de maneira mais explicita a superficialidade nas relações, o demasiado fluxo de informações que agride a sutil voz da verdade, e toda espécie de crimes cibernéticos. Além disso, precisamos estar atentos a toda realidade virtual contrária aos ensinamentos do Evangelho, como por exemplo: a infidelidade online, a dissimulação, a pornografia, a discussão desrespeitosa, enfim, tudo que não é justo e verdadeiro perante a Deus.
Finalmente chegamos ao ponto crucial de toda a experiência com as redes sociais. Feito o contato online, o desafio dos apóstolos digitais tornar-se justamente transformar os followers em discípulos engajados numa comunidade de fé. Através do convide persuasivo e, colocando em prática todos os recursos e ferramentas existentes na internet, de modo que atraia essas pessoas para as igrejas, capelas, ermidas, etc. Com o objetivo da participação ativa nas celebrações litúrgicas, grupos de oração, momentos de reflexão, estudos bíblicos, entre outras ocasiões propícias à experiência de fé. A messe é grande, os operários são poucos, já dizia nosso Senhor, no entanto, não vacilemos, pois o Senhor nos assegura: "descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará forças, e sereis minhas testemunhas[...] até os confins do mundo digital." (Atos dos Apóstolos 1, 8).
Fontes consultadas: Jovens Conectados/Site Dom Tomé/TecmundoGraça e Paz, xP.
Rodrigo Stankevicz
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