Calcutá é o centro da caridade,
De lá emanam rios de dignidade.
Terra onde o humano se fez divino.
Um anjo passou, deixou um dom,
o dom do ser humano.
O perfume exalava por entre becos,
favelas e lixões... tratava-se da flor da Índia.
Sua fragrância era alimento,
Comida a quem tem fome de amor.
A dor apenas um detalhe,
O cuidado um tesouro.
O vil, o trapo, o sujo, a vida,
Um jardim com mesa farta:
O sofrimento encontrou amparo,
a morte dignidade,
um olhar que a despede.
Dai pão, dai água, dai cuidado,
Dai a vida que não se acaba.
Dai abrigo a alma sem tenda,
Dai descanso ao espírito inquieto,
Dai esperança ao corpo desfalecido.
O anjo não tem sexo, tem família,
O desvalido, o precário, o moribundo.
Um pacto de amor, um laço fraternal,
Quem disse que não há valor?
O rejeitado, o nosso marginalizado,
No sorriso encontrou o desvelo.
Mestra, ensinou o mundo a ter cuidado
Com o que há de mais precioso:
Um humano, o ser humano,
Mãe caridade do bem cuidar.
Graça e Paz, xP.
Rodrigo Stankevicz
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