O último programa “Na moral” transmitido pela Rede Globo, para quem teve o desprazer de assisti-lo, mais uma vez provou a manipulação engenhosa de seus diretores e produtores. A emissora com seus serviçais sempre busca pôr em pauta seus interesses políticos nos programas, noticiários, séries e novelas.
Comumente, esses últimos dias têm sido intenso o ativismo pró-aborto da emissora precária em valores humanos. Não obstante o merchandising abortista promovido no capítulo 82 da novela “Amor à vida”, episódio em que a TV Globo expõe superficialmente e de forma equivocada a questão do aborto no Brasil, a emissora também fez uma verdadeira desordem entre os conceitos de "objeção de consciência", legítimos aos médicos, e a "omissão de socorro", caracterizado como crime. Tudo isto dentro de um contexto religioso, o que deu a entender um sinal de intolerância religiosa.
Os dados mais atuais do DATA SUS indicam o contrário do que foi exposto na telenovela:
faleceram cerca de 500 mil mulheres no ano de 2011, sendo apenas 69 casos de abortos provocados, incluindo casos não especificados. Ou seja, somente 0,013% são casos de morte por aborto ilegal. Portanto, a novela deveria pautar a negligência do governo em fiscalizar as clínicas clandestinas de aborto, por se tratarem de verdadeiros "matadouros", que colocam em risco a vida da mulher e evidentemente do bebê.
Exatamente uma semana após essas falácias irem ao ar pela novena, o programa comandado por Pedro Bial apresentou um debate sobre o aborto. Aliás, deveria ser um debate! Contudo, foi um verdadeiro “paredão” em que colocaram o Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto, afim de julgá-lo e condená-lo. Ocorreram várias impertinências ao longo do programa, entre elas foi à de equipararem o movimento feminista “Católicas pelo Direito de Decidir” como sendo um grupo religioso, o que de religioso esse grupo nada tem, pelo contrário, o objetivo dessas mulheres é acabar com a religião por meio de suas ideologias feministas. Além de ser um movimento político bem articulado e financiado por empresas internacionais, elas têm o audacioso plano de implantar o aborto no Brasil.
Surpreendente, ou não, o programa inteiro foi uma forçação de barra, tentando o tempo todo ligar o aborto à questão religiosa. O aborto é suprarreligioso! O apresentador, Pedro Bial, em nenhum momento foi imparcial em relação ao tema do programa, deixou bem claro sua posição a favor do aborto. Acredito que um assunto de tal relevância, deva ter representantes de vários âmbitos da sociedade, para que o debate seja equilibrado e de opiniões diversas, para que então os telespectadores formem sua opinião. No entanto, como já esperávamos, a Globo, mais uma vez apelou para sua pauta tendenciosa, isto constatou-se pelos convidados do programa, cujo o único destoante foi Dom Antônio Augusto. Os outros convidados foram Dráuzio Varella, Emmanuela Araújo, Cláudia Abreu e a Regina S. Jurkewicz, coordenadora do movimento “Católicas pelo direito de decidir”, todos favoráveis à descriminalização do aborto no Brasil.
Finalizo com algo bastante engraçado e contraditório, mesmo imersa na apologia ao aborto, a Rede Globo, no intervalo do programa, pôs a propaganda do Criança Esperança. Contudo, todas as crianças não nascidas tem uma única esperança: NASCER! E esse direito não lhes devia ser tolhido, mesmo em qualquer adversidade.
Um grande SIM à VIDA!
Rodrigo Stankevicz
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