4 de março de 2011

Matrimônio

Unimos as raças,
O negro, sombra da flor,
E o branco tênue das margaridas.
Não há mais frio de outono,
Somente cobertor carnal.
A distância corre ao relento,
As preces abrangem as colinas.
A janela, solitária, de outrora, sorri,
Pois se juntaram as felicidades,
Numa só fruta de verão.
Não existe senão uma só carne,
Um só respiro matinal,
Um só adeus!
Os querubins, de Deus os recados,
Na fala, o detalhes da voz de Deus.
Os corações palpitam ruas, estradas, becos;
A jornada além mar amedronta os peregrinos.
O arroz, o feijão, da cruz o sinal,
No olhar a benção, no beijo o afeto,
No amor o desvelo do dia suado,
A noite geme a união dos corpos,
As almas num laço eterno,
Consumado amor.
Secam os espinhos no Sol,
Florescem as cores, na chuva primaveril,
A alma nasce no amor conjugal,
Na tríade junção nupcial.

Graça e Paz, xP.

Rodrigo Stankevicz

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente, o Matrimônio faz com que segredos sejam revelados, parabéns poeta...a sogra